domingo, 29 de maio de 2011

RGB / CMYK

Neste artigo, descubra as diferenças entre os dois formatos de cores mais utilizados na computação gráfica e DTP, e também quando e porquê utilizar cada um deles.
Uma dúvida muito comum no que diz respeito a modos de cores é justamente sobre quando utilizar RGB ou CMYK. Para os iniciantes em arte gráfica e design isso pode se tornar um pesadelo se não for corretamente compreendido, acabando por gerar dor de cabeça na hora de portabilizar os arquivos para DTP por exemplo.

Definição de DTP :
Por incrível que pareça, muitos dos que trabalham da área de design gráfico não sabem o que significa essa importante sigla. Se você se encaixa neste quadro, chegou a hora de descobrir!
Para quem não sabe o que é DTP, a sigla significa “DeskTop Publishing” e diz respeito a toda arte gráfica que será destinada à publicação na forma de mídia impressa. Para o trabalho de DTP, existem diversos sofwares altamente qualificados para as diversas áreas, sendo os mais relevantes:
Tratamento de Imagens: Adobe Photoshop, Corel PhotoPaint, etc;
Diagramação de Revistas e Livros: Adobe Indesign, Quark Xpress, Microsoft Publisher, etc;
Ilustração: Adobe Illustrator, Corel Draw, etc;

Evitando estresse desnecessário

Imagine a seguinte situação: No estúdio, o designer cria seu cartão de visita colorido e bonitinho, imprime uma cópia da arte na sua impressora laser colorida para ser usada como prova e envia o arquivo com a arte e a cópia para a gráfica que faz a produção do material no papel.
O pessoal da gráfica empacota os cartões impressos, reenvia para o estúdio e quando o designer abre o pacote, a surpresa: as cores estão diferentes, o azul então parece roxo! O xingamento começa, “A gráfica não presta! Mudaram minha arte!” – sem contar outros xingos que não serão mencionados aqui.
Infelizmente, como designer profissional e para o bem da verdade, sou obrigado a dizer que geralmente a culpa é nossa. Quando não verificamos, ou ainda não compreendemos como funciona o processo de cores, os profissionais da produção gráfica terão que fazer milagres na hora de ajustar a carga de tinta para que o resultado final chegue, o mais próximo possível da nossa arte.
Por isso, muitas vezes, os profissionais gráficos e os designers se tornam uma espécie de arque-inimigos, cada um atribuindo a culpa ao outro num ciclo redundante infinito. Vamos, então, tentar amenizar isso, pelo menos de nossa parte, aprendendo mais sobre os modos de cores.

Como funcionam os sistemas RGB e CMYK

Os dois sistemas de cores funcionam de forma totalmente oposta. Enquanto o RGB é formado pela adição de luz, o CMYK funciona pela subtração da luz.
Isso acontece porque as cores RGB são criadas pela emissão de pontos luminosos a partir de uma TV por exemplo, enquanto que as cores CMYK são formadas por pigmentos ( tintas ) adicionados no papel.
Na comparação abaixo, o lado direito corresponde ao modo CMYK. Sendo assim, Ciano (lado direito) é a cor inversa do Vermelho ( lado esquerdo ), o Magenta é a cor inversa doVerde e o Amarelo é a inversa do Azul.


Assim, no lado direito, Magenta + Amarelo = Vermelho, Magenta + Ciano = Azul, Ciano+ Amarelo = Verde e a mistura de todas as cores resultará em Preto.

Você pode conferir a inversão das cores em qualquer programa gráfico, como Photoshop por exemplo, bastando para isso pintar uma área qualquer de Vermelho, por exemplo, e selecionar a opção “Inverter” para que o Vermelho se transforme em Ciano.
Quando temos uma imagem em RGB e desejamos convertê-la para CMYK, devemos saber que as cores básicas do RGB irão ficar bastante diferentes após a conversão. Por esse motivo, sempre que possível, trabalhe diretamente em CMYK. Na imagem abaixo, veja a diferença gerada pela conversão RGB -> CMYK:


Quando e como utilizar o modo RGB


Significando literalmente Vermelho (Red), Verde (Green) e Azul (Blue), o propósito do modo RGB é a exibição colorida em dispositivos eletrônicos como monitores de computador, televisão, datashow, câmeras digitas, ou fotografias tradicionais (reveladas), etc. Em outras palavras, a utilização do modo de cor RGB não se destina a DTP, mas a criação de mídia virtual como filmes, galerias digitais, e todo o tipo de imagem exibida em tela.
O RGB é um “Sistema Aditivo” onde as cores são formadas através da “emissão/adição de luz” gerando pontos luminosos projetados pelo dispositivo de exibição, como um monitor de computador por exemplo.
Estes pontos de luz possuem 3 canais ( Vermelho, Verde e Azul ) e podem possuir até 255 níveis diferentes de tonalidade, podendo atingir até 16,7 milhões de combinações.

Resumindo:

Quando menos luz, mais preto e quanto mais luz é emitida, mais branco.

Veja um exemplo de composição com os 3 canais do RGB:
 
Quando e como utilizar o modo CMYK


Também conhecido como “Cromia” ou “Quadricromia”, significa literalmente Ciano (Cyan), Magenta (Magent), Amarelo (Yellow) e Chave – a cor Preta (Key). O modo CMYK é utilizado para trabalhos gráficos destinados a mídia impressa como revistas, livros, cartazes, etc;
O CMYK é um “Sistema Subtrativo” onde as cores são formadas através da “absorção/subtração de luz” pelo papel branco em combinação com a intensidade dos pigmentos coloridos adicionados no papel. É justamente o contrário do RGB que emite a luz, por isso a dificuldade de se reproduzir fielmente no papel todas as cores que existem na tela do monitor.
Estes pigmentos possuem 3 canais básicos ( Ciano, Magenta e Amarelo ) e 1 canal chave ( Preto ) para ajustar os contrastes. Podem possuir até 100 níveis diferentes, podendo produzir milhares de combinações.

Resumindo:
Quanto menos pigmentos, mais branco ( pois o papel pode refletir mais a luz ) e quanto mais pigmentos, mais preto.

Veja um exemplo de composição com os 3 canais básicos do CMYK, para comparar com o RGB:


Por que existe o canal chave “Preto” se é possivel formar a cor preta misturando os canais básicos?



1. O preto impuro:
O preto gerado pela mistura dos canais básicos não é puro, podendo variar de acordo com a qualidade do papel utilizado para a impressão;

2. Rompimento do papel:
Para atingir o preto com apenas os canais básicos é necessário uma carga de tinta de 100% em todos eles e dependendo do papel e do clima, a impressão pode não secar nunca ou pode ainda romper o papel se ele for muito fino;

3. Problema dos textos:
Os textos pequenos devem sempre que possível ser criados a partir do canal Preto, pois os textos gerados a partir de canais misturados nunca ficam com a resolução total, podendo ficar até embassados se a impressora não estiver 100% ajustada;
4. Custo alto:
O pigmento preto é o mais barato de todos. Utilizar as outras cores mais caras para gerar o preto resulta em desperdício de dinheiro, pois a impressão ficaria pelo menos 5 vezes mais cara.

Veja um exemplo de composição com os 4 canais do CMYK:


sábado, 21 de maio de 2011

Diferença entre Vetor e Bitmap




Parece que não mais muita gente por ai ainda tem duvidas sobre a diferença entre Bitmap e Vetor, na pratica tudo pode parecer um pouco lógico, porém a idéia desta matéria é tirar de uma vez ´por todas estas duvidas.

O que é um Bitmap?

Como o nome já diz, Bitmap é um “Mapa de Bits” e também é chamado de “Raster” ou “Imagem Rasterizada”. Este tipo de imagem é utilizado para fotos ou artes com degradês complexos como pinturas digitais, renderizações 3D, etc. A estrutura da imagem bitmap é formada por um grid de pixels, onde cada pixel representa uma cor.

A edição de imagens bitmap é feita alterando-se as cores de cada pixel do mapa de bits e os programas mais populares para este tipo de tarefa são o fantástico Photoshop e o Gimp ( a alternativa Open Source ). O problema das imagens bitmap são em relação ao redimensionamento. Quando se aumenta o tamanho de um bitmap, os pixels são multiplicados e a imagem perde definição, ficando mais embassada, assim como na ima gem abaixo.


Os tipos mais comuns de imagens bitmap são:

JPEG – Criado em 1983 por Eric Hamilton, “Joint Photographic Expert Group” é a principal compressão bitmap para câmeras fotográficas e pode possuir as seguintes extensões: ‘.jpeg’, ‘.jpe’, ‘.jpg’, ‘.jfif’ ou ‘.jfi’;

BMP ou DIB – Criado pela Microsoft, é chamado de “Device Independent Bitmap (DIB)” ou simplesmente “Windows Bitmap (BMP)” e pode possuir as seguintes extensões: ‘.bmp’ ou ‘.dib’;

PNG - Criado em 1996 pela W3C, o “Portable Network Graphics” possui o canal alpha, podendo possuir fundo transparente. Usa a extensão ‘.png’;

GIF – Criado em 1987 pela CompuServe, o “Graphics Interchange Format” pode possuir animação e fundo transparente, possuindo a extensão ‘.gif’;

TIFF – Criado pela Aldus (hoje chamada de Adobe), o “Tagged Image File Format” é utilizado para intercâmbio entre plataformas como Windows, Mac e Linux e transformou-se no formato padrão dos arquivos gráficos (32-bits) com elevada definição e pode possuir as extensões ‘.tif’ ou ‘.tiff’.

Sendo assim, se queremos um trabalho de qualidade, devemos evitar a ampliação de imagens bitmap, ou utilizar imagens de alta resolução.

O que é um Vetor?

Uma Imagem Vetorial, também chamada de “Desenho Vetorial”, é gerada a partir do cálculo matemático de formas geométricas, e é composta por curvas, elipses, polígonos, textos, etc. É geralmente utilizada para confecção de logotipos ou ilustrações em alta definição, ou seja, use imagens vetoriais para obter o máximo em resolução possível.

Diferente de um Bitmap, a imagem Vetorial não perde a definição quando é redimensionada, pois suas formas são totalmente recalculadas a cada alteração.



Outro fator interessante de uma imagem vetorial é em relação ao tamanho do arquivo, pois enquanto um bitmap tem que guardar as informações de cor para cada pixel ficando por exemplo com 3Mb, o vetor apenas repete a incidência da mesma cor várias vezes com base em um cálculo, ficando por exemplo com 60kb, ou seja, enquanto um arquivo Bitmap armazena as informações de cores para cada pixel da figura, assim como no exemplo:

posição(0,0)=Preto;posição(0,1)=Preto....posição(0,48)=Preto;posição(0,49)=Preto;
posição(1,0)=Preto;posição(1,1)=Branco....posição(1,48)=Branco;posição(1,49)=Preto;.....
posição(48,0)=Preto;posição(48,1)=Branco....posição(48,48)=Branco;posição(48,49)=Preto;
posição(49,0)=Pretoo;posição(49,1)=Preto....posição(49,48)=Preto;posição(49,49)=Preto;......


A figura gerada por um editor vetorial (vetor), guarda apenas o necessário para se desenhar um quadrado, que é a cordenada inicial e a final, o que resumiria tudo isso acima em apenas uma linha :

Quadrado(0,0);(49,49)=Preto;

Entre os programas mais utilizados para edição vetorial estão o famoso Illustrator, o Corel Draw e o Inkscape ( a alternativa Open Source ).

Os tipos mais comuns de imagens vetorias são:

SVG – Scalable Vectorial Graphics, Criado em 2001 por coordenação da W3C com o apoio das empresas: Adobe, Agfa, Apple, Canon, Corel, Ericsson, HP, IBM, Kodak, Macromedia, Microsoft, Nokia, Sharp e Sun Microsystems. É o padrão para gráficos vetoriais recomendado pela W3C e possui as extensões ‘.svg e ‘.svgz’;

CDR – Formato vetorial do Corel Draw, usado com a extensão ‘.cdr’

AI – Formato vetorial do Adobe Illustrator usado com a extensão ‘.ai’

EPS – Criado pela Adobe, o “Encapsulated PostScript” pode conter imagens e vetores. Um EPS não pode ser editado diretamente e quando algum programa abre um EPS, ele requer a especificação da resolução desejada e em seguida ele é transformado em bitmap. Foi muito usado antigamente, mas hoje é usado o formato PDF por ser de qualidade muito superior. As extensões usadas são ‘.eps’, ‘.epsf’ ou ‘.epsfi’

WMF – Criado pela Microsoft, o Windows Meta File foi desenvolvido para executar na camada Windows GDI e pode conter imagens e vetores, além de conter funções próprias embutidas para exibição no sistema operacional Windows e pode possuir as extensões ‘.wmf’, ‘.emf’, ‘.wmz’ ou ‘.emz’

É isso ai pessoal. Espero que este artigo tenha servido de auxílio para desmitificar os tipos de imagens bitmap e vetorial.

sábado, 14 de maio de 2011

Gerenciador de fontes - Printer's Apprentice



Fala ai pessoal !!!

Como sempre, estamos trazendo novidades e algumas dicas pra você Designer e Publicitario que é ligadão no Blog Alessandro Design....
Todos já ouvimos aquela frase "Todo bom Designer tem um bom gerenciador de fontes", claro concordo plenamente até mesmo porque Tipográfia é a alma de muitos layouts, porém escolher um bom programa para gerenciar suas fontes as vezes é uma proposta um pouco que, podemos dizer "trabalhosa", pois em meio a tantos programas disponiveis para este serviço, nunca sabemos se vale a pena pagar (até mesmo porque encontrar crack para este programas é muito dificil) ou usar algo um pouco mais inferior porém Free.

Hoje resolvi trazer para vocês a dica de um ótimo gerenciador de fontes para windows, o Printer's Apprentice depois de passar por varios programas, e testar muitos gratuitos cheguei a conclusão de que seja um dos melhores que existam, porém quando falamos de programa gerenciador de fontes, 90% deles são pagos, e este também é, porém como sempre faço aqui no blog vou disponibilizar o link para download gratuito do programa juntamente com o serial.

Printer's Apprentice é um programa que suporta os formatos de fonte TrueType, Adobe Type e fontes OpenType. Com esta ferramenta, você pode procurar, comparar e imprimir fontes instaladas em seu sistema. O programa também permite visualizar fontes em pastas,ou seja,  que ainda não tenham instalado no sistema. Com o Printer's Apprentice você pode instalar e remover fontes muito mais rápido, mais fácil e confortávelmente.

Para fazer o download do programa basta clicar no link a seguir, após isto você será direcionado a uma pagina com varios links para varios sites de hospedagem, escolha o que desejar e bom download !!!